sábado, 17 de outubro de 2009

Sagrado prazer





Primeiro você se estende,
eu me ajoelho,
me curvo e suplico.
O meu, o seu no meu sagrado prazer.

Enlouquente, certo que o seu,
o meu no seu instante culminante virá,
continuo a suplicante;
te quero todo.

Então você me dobra,
me estende.
Faz tudo quanto as minhas,
as suas nas minhas silhuetas permitem;
sou todo seu.

O odor único exalado,
terno e eterno.
O seu, o meu no seu;
num só.

Já não há mais pra onde forçar.
Os gemidos agora ranger de dentes,
prenunciam o dilatar das minhas,
das suas nas minhas forças;
me entrego, urro, sinto você por completo.




Alexandrine



Publicado no Recanto das Letras em 16/10/2009
Código do texto: T1870495

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