domingo, 20 de novembro de 2011

? ...




Talvez, eu sem saber, direis: que nada
Perdeste no que não tinhas! Por quê?
— Para viver o confuso, não se vê
Todos os dias; quais se foram alvorada...

Portanto, então, o que nos faz crescer
Ao deserto onde vivemos? — Ofuscada,
Cintila a nossa indiferença, sem saber
Em qual era a vida nos será eternizada.

Faleis que tudo: “Mistérios convulsos!
Por o sol aparecer, e se pôr perdido;
Quês, o amor, nos vêm aos impulsos...”

Entretanto, sê quer dizer magistérios!
Pois, o que há de se perder ferido
Se no que vivamos há-de ser mistérios?

(Poeta Dolandmay)

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